segunda-feira, 28 de novembro de 2011

 Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão

Mais do que um conceito criado por  Glauber Rocha no auge do movimento conhecido como Cinema Novo, o lema "uma ideia na cabeça e uma câmera na mão" é um bordão que ajuda a definir o trabalho de muita gente nos dias de hoje, que se vira de diversas maneiras para viabilizar seus projetos, assim estamos propondo que você faça um vídeo com o tema:

 

 Desafio  lançado para todos os alunos e alunas do CERB,
produzir um vídeo de até 1 minuto, mostrando e contando um pouco das férias, 
com o objetivo de estimular a edição no Movie Maker 
e apresentar novas possibilidades do que fazer em UM vídeo.
Pode usar texto, foto, música, vídeo, depoimento e etc, apenas solicitamos  que não utilizem algo que possa desqualificar sua criatividade, sua produção. ok?
Um minuto ... 60 segundos de imagem e ação!!
      Para refletir:

As tecnologias são extensões dos sentidos humanos. O que é uma câmera? Ela pode ser vista tanto como uma limitação do olhar (uma vez que é o mundo por meio de um quadro), quanto a ampliação da percepção (já que não é só a retransmissão da imagem, mas a modificação do que é captado por meio de zoom, filtros de câmera, edição de cores).

O desafio está lançado, qualquer dúvida entre em contato pelo nosso e-mail:
ruicomarte@gmail.com



Arte no muro

O Colégio Estadual Rui Barbosa prestigia o bairro Alto da Serra contando sua história em seus muros. O artísta André Gross expressa em seus desenhos a trajetória de um dos bairros mais antigos da cidade.
Confira a matéria publicada na Tribuna de Petrópolis (02/10/2011) a respeito desse trabalho:

Arte substitui pichações em muro

Com seus desenhos no Rui Barbosa, André Gross conta a história do bairro./ Alexandre Carius

A história do Alto da Serra em breve sairá dos registros e fotografias para encantar os petropolitanos que passarem nas proximidades do Colégio Estadual Rui Barbosa. Nos muros da escola, o artista plástico André Gross pinta uma longa locomotiva que contará o passado do bairro através de elementos representativos de sua história.
A ideia não é necessariamente nova. Esta é a terceira vez que a escola investe parte de seus recursos na pintura do muro. Em 2007, a frente do colégio foi tomada por símbolos referentes aos Jogos Pan-americanos, que naquele ano foram realizados no Rio de Janeiro. Posteriormente, o tema esportivo deu lugar ao meio ambiente, com diversos animais e plantas representados dentro e fora da escola: o assunto retratado no muro acaba virando trabalho pedagógico com os alunos.
É essa pesquisa com os estudantes que ajuda a determinar o que será representado no trabalho do artista. “Após uma reunião com os professores, surgiu a ideia. Pedimos aos alunos que ajudassem a recuperar relatos, documentos e fotografias do passado do Alto da Serra, e é a partir do que conseguimos angariar que o muro vai sendo feito”, contou a diretora-adjunta Marília D’Olne.
A ideia é de que um grande trem seja pintado em toda a extensão do muro. Cada vagão trará um elemento que representa o bairro – a estação de trem, a Igreja de Santo Antônio e o Clube Cometa, entre outros marcos. “O objetivo é contar a história através de elementos que definem o Alto da Serra, relembrando frases que os antigos moradores deixaram, como uma forma de resgate do passado”, explicou o artista.
Gross já trabalhou com pintura de telas, esculturas e ilustração de capas de livros, no entanto, atualmente, grande parte de seus contratos vem de pinturas de muros. “Já é a terceira vez que pinto o muro do colégio. Faço um preço modesto para a escola, até porque fazer esse trabalho é uma espécie de cartão de visitas. Consegui muitos outros trabalhos através das pinturas aqui”, afirmou.
A pintura teve início em junho e deve ser concluída até o fim de novembro. Aos poucos, a flora e a fauna vão dando lugar à locomotiva. Primeiro, é necessário que uma camada de tinta branca seja passada por cima para receber a nova pintura, toda em preto. Segundo Gross, o trabalho anterior vai sendo apagado à medida que o novo progride, como uma medida para evitar que o muro seja pichado. “Os grafiteiros costumam respeitar as minhas pinturas”, disse.
O artista plástico recria as imagens através das fotografias. Ele próprio colabora com o trabalho de pesquisa, que inclusive já recebeu a ajuda de moradores que o veem trabalhando no local e oferecem fotos de marcos do bairro. E nenhum deles é maior que a estação de trem, que funcionou no Alto da Serra de 1893 a 1964. Hoje demolida, a estação e todas as histórias que o trem trouxe ao bairro continuam presentes no nome das ruas, no formato das praças – e agora no muro da escola.
em espera